Guardar no Meu ArchDailyPlanta da Restituição da Bahia, por João Teixeira Albernaz, 1631. Domínio públicoA nos centros das vilas e cidades do Colônia se caracterizava por um padrão uniforme de número de pavimentos, fenestração, área e gabarito, muitas vezes definidos a partir das Cartas Régias ou posturas municipais, de modo a garantir uma aparência portuguesa às vilas e cidades brasileiras. A planta baixa estreita e alongada das habitações permitia aberturas para iluminação natural apenas nos cômodos contíguos à rua e naqueles localizados ao fundo, entre os quais eram localizadas as alcovas e um corredor, central ou lateral, para circulação entre os ambientes. Guardar no Meu ArchDaily“Espaços-Varanda” na arquitetura colonial. Imagem: © Marjorie LangeNos centros urbanos, os principais tipos de podem ser divididos entre as casas térreas, com piso em terra batida, e os sobrados, construções que possuíam pavimentos superiores com piso em assoalho. Nas bordas das cidades, por outro lado, o afastamento dos centros permitia, a partir da construção do edifício isolado, uma maior liberdade na área construída e na abertura de janelas. As chácaras, como eram chamadas estas construções, pertenciam às famílias mais abastadas e possuíam facilidade de abastecimento e serviço, à época ainda muito dependentes do meio rural.Guardar no Meu ArchDailySolar do Unhão, em Salvador, Bahia. Imagem: © Manuel SáO estudo tipológico da arquitetura do Colônia tem muito a revelar sobre a configuração social do período. Os sobrados pertenciam às famílias mais ricas, que ocupavam os andares superiores, enquanto a população escravizada ocupava o pavimento térreo e as mulheres permaneciam em quartos resguardados. Os escravizados, além das funções realizadas no cotidiano das casas e sobrados, eram os responsáveis por sua construção, que seguia técnicas construtivas também padronizadas, usualmente com paredes de . Além da arquitetura civil de função privada, outros edifícios marcaram o território brasileiro durante o Colônia, com suas diferentes funções e soluções formais. Entre eles as Casas de Câmara e Cadeia, onde eram localizados os órgãos da administração pública municipal; as fortificações militares, cujo caráter defensivo, herdado da , tinha como objetivo defender o território de invasões estrangeiras; e as , que além da forte presença nos campos político, econômico e social, também foi um dos principais agentes modeladores do ambiente urbano. A diversidade nas composições arquitetônicas das igrejas tem origem nas diferentes ordens religiosas (jesuítas, franciscanos, carmelitas e beneditinos), cada qual com suas especificidades e com programas que se complexificavam à medida em que se associavam a colégios e conventos. Guardar no Meu ArchDailyOuro Preto, Minas Gerais. Foto de Rosino, Flickr. Licença CC BY-SA 2.0De modo geral, a colonização portuguesa impôs a padronização das soluções arquitetônicas e urbanas, que se assemelhavam em diferentes medidas à aparência portuguesa, apesar das adaptações convenientes ao contexto brasileiro. Os primeiros anos do século XIX - até a Proclamação da República em 1822 -, ainda pertencentes ao período colonial, são facilmente assimiláveis ao século anterior, com a continuidade das soluções arquitetônicas e urbanísticas que caracterizaram o período.Referência bibliográficaFILHO, Nestor Goulart Reis. Quadro da arquitetura no Brasil. São Paulo: Perspectiva, 2000., A arquitetura residencial nos centros das vilas e cidades do Brasil Colônia se caracterizava por um padrão uniforme de número de pavimentos, fenestração, área e gabarito, muitas vezes definidos a partir das Cartas Régias ou posturas municipais, de modo a garantir uma aparência portuguesa às vilas e cidades brasileiras., Acompanhe as últimas notícias e projetos de arquitetura sobre Arquitetura Colonial no ArchDaily, o maior site de arquitetura do mundo. Leia nossas publicações para ficar por dentro dos assuntos mais recentes da arquitetura..